AYURVEDA, YOGA E TERAPIAS NATURAIS

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016


Benefícios da Respiração abdominal:





A respiração tem uma relação íntima com os nossos estados emocionais, basta pensarmos que, quando estamos aflitos, ansiosos, com medo, a nossa respiração se torna mais rápida e superficial. Assim, podemos dizer que, a nossa respiração é afetada pelo nosso estado emocional ou psicológico. Mas, aquilo de que nem sempre somos conscientes é que esta relação também pode ser usada no sentido inverso: a respiração pode ser usada como forma de entrar em estados de relaxamento e tranquilidade.
Muitos estudos indicam que, de fato a respiração abdominal produz um estado de relaxamento que, com o tempo pode, mesmo acabar por reduzir significativamente a tensão alta e os estados de ansiedade. Na verdade, quando estamos totalmente relaxados, esta respiração surge de uma forma espontânea e natural.
Têm sido feitos alguns estudos acerca dos efeitos calmantes da respiração. A respiração abdominal é usada muitas vezes em psicoterapia para combater estados de ansiedade e ataques de pânico. No ínicio de um ataque de pânico, por exemplo, se formos capazes de fazer algumas respirações abdominais o mais provável é que todos os outros sintomas acabem por não chegar a aparecer e que o ataque acabe mesmo por não ser desencadeado.
Respirar da maneira “correta” nos ajuda em diversos aspectos de nossa vida. Passamos a raciocinar melhor, temos uma diminuição no estresse, tranquilizamos o nosso emocional, conseguimos até dormir melhor, além de massagear os órgãos do nosso corpo, fazendo com que trabalhem melhor. Lembrando que estes são apenas alguns dos benefícios da prática de respiração pelo diafragma.
No nosso dia-a-dia temos muitas vezes tendência a respirar apenas com a zona superior dos pulmões, movimentando principalmente a zona do peito. Este tipo de respiração é indicado, por exemplo, quando estamos  fazendo um exercício físico intenso porque aí o organismo requer um maior consumo de oxigénio, num menor espaço de tempo. Esta forma de respirar provoca também uma activação do sistema nervoso simpático que leva o organismo a manter um estado de alerta o que também pode ser adequado em algumas situações. Ao fazermos respiração abdominal, pelo contrário, estamos  estimulando o sistema parassimpático, responsável pela resposta de relaxamento.
Numa análise feita num hospital nos EUA (in Brown, 1995), verificou-se que de 153 doentes que deram entrada na unidade hospitalar com problemas de coração, a percentagem de pessoas que respirava predominantemente com a zona superior dos pulmões, a do peito, era de 100%.
Também é importante o ritmo da respiração. Para criar um estado de relaxamento profundo um ritmo adequado é o que mantém uma proporção 1:2. Isto significa que as expirações terão o dobro do tempo das inspirações, sempre de uma forma confortável, sem nenhum esforço. Durante a fase da expiração os nossos batimentos cardíacos são mais lentos e o diafragma pode relaxar, na sua posição natural, quando os pulmões estão vazios. Ao prolongarmos esta fase acabamos por provocar uma diminuição dos batimentos cardíacos, o que irá desencadear uma resposta de relaxamento em todo o organismo.
“Como as folhas que arejam a árvore e fornecem nutrientes para que seu crescimento seja saudável, também o pranayama alimenta e areja as células, os nervos, os órgãos, a inteligência e a consciência do sistema humano. Quando estamos realizando um àsana-(postura física), só podemos entender plenamente o corpo se sincronizarmos a respiração com o movimento. Prana é energia. Ayama é criação, distribuição e manutenção. Pranayamas é a ciência da respiração, que leva à criação, distribuição e manutenção da energia vital.” BKS Iyengar.

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