Friboi. O que está por trás desta marca?
Você conhece a empresa brasileira JBS? Ela é nada mais e nada menos que a detentora do maior abatedouro de carne bovina do mundo, uma gigante no mercado nesse mercado. A JBS, por meio da técnica empresarial chamada holding, é dona também inúmeras empresas, que englobam desde o segmento alimentício até o de higiene e cosméticos.
No segmento alimentício, a JBS detém marcas famosas como:
- Vigor
- Swift
- Bertin
- Friboi
- Mesa
- Amélia
- Leco
Inspirando-se na gigante estrangeira Unilever, a JBS também têm se expandido para o setor de cosméticos e higiene/limpeza. A empresa Flora, que também pertence à JBS, é detentora de marcas de cosméticos como:
- OX
- Neutrox
- Francis
- Hydratta
- Albany
- Karina
- Kolene
- Phytoderm
- Além disso, a Flora também atua no segmento de limpeza, detendo as seguintes marcas:
- Assim
- Minuano
- Sim
- Boa noite
- No Inset
- Lavarte
- Fluss
- Brisa
- Mat Inset
- Protege
Embora algumas das marcas pertencentes à JBS não façam testes em animais, é impossível ignorar que a JBS é a responsável pelo abate de sabe-se lá quantos animais diariamente. Se você é vegetariano ou ao menos quer cosméticos que não financiem indiretamente a morte de animais, boicotar a Flora e a JBS de um modo geral é a atitude mais consciente e responsável.
Mesmo que você não esteja preocupado com a causa animal (o que é muito triste, diga-se), a JBS tem em seu “currículo” acusações de estar submetendo seus empregados a rotinas exaustivas de trabalho, salários pífios, condições degradantes, negligência em relação a direitos trabalhistas. Leia mais aqui eaqui.
Como se não bastasse, embora alegue ter “compromisso com a sustentabilidade”, a empresa estaria comprando gado de empresas em condições ilegais no que diz respeito ao desmatamento – além, claro, de envolver a questão de trabalho quase escravo, invasão de terras indígenas (veja aqui). No ano passado o Greenpeace e a JBS retomaram esforços para sanar essas questões, e agora é esperar para ver como será (eu, particularmente, não tenho esperanças).
Achei importante botar em pauta essa questão da JBS porque não é raro encontrar marcas que até são cruelty-free, mas pertencem a algo muito maior, que é totalmente incoerente com as suas propostas. Exemplos não faltam: a famosa marca Urban Decay, uma das pioneiras na luta contra a experimentação animal, foi vendida para a L’Oréal, um dos conglomerados que mais testam em animais. Comprar da Urban Decay é, de certo modo, favorecer a L’Oréal e suas práticas.
Portanto, é imprescindível que abramos os nossos olhos para todas essas inconsistências de muitas marcas, seja no mercado cosmético, alimentício, de roupas, etc, e não sejamos feitos de tolos. A mudança de hábitos requer também algo essencial: questionamento. Duvide e questione sempre, vá atrás de informações, garanto que você não perde absolutamente nada com isso
.Nyle Ferrari
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