AYURVEDA, YOGA E TERAPIAS NATURAIS

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domingo, 29 de março de 2015

A Deusa interior latente

Quando não aceitamos o óbvio e nos rebelamos com algo que sempre fizemos, mas nunca houve prazer ou conforto em nossa alma, é nossa Deusa clamando por liberdade e respeito.
Durante um tempo da vida,mas precisamente na juventude, nos consideramos anarquistas e "queimamos sootiens" em praça pública. Até que o tempo passa e traz com ele,cicatrizes, remendos e maturidade. Chega a idade madura e o que fazemos nós? Recolhemos nossas flechas e decidimos que não queremos falar mais, gritar ou pixar muros do inconsciente e colocamos nossas pernas cansadas numa velha poltrona, que servia apenas para apoiar nosso casaco. Pois naquela época não  parávamos em casa, só íamos para buscar a água e o agasalho da alma. Éramos brilhantes, guerreiras e invejadas por nossas primas mais velhas. pois é, chegou a idade da loba e lá vamos nós  rever as fotografias daquele tempo. Tempo em que fogueiras eram acesas para comemorar nossas conquistas ou aquecer alguma jovem que acabara de chegar.
E agora? nossas fogueiras se apagaram com incessantes chuvas de mágoa, ressentimento e o nosso grande álibi, a falta de tempo!
E o que podemos fazer agora, é tirar a poeira de nossas botas e empunhar nossa espada de fogo. Quem sabe, nossa Deusa desperta, não por um beijo de contos de fadas, mas pelo gemido de nossa alma. Ela grita, se contorce dentro de nossas calças compridas apertadas e rasgadas.
Tudo que precisamos fazer é abrir os armários do tempo e deixar sair nossos vestidos e lenços que foram tatuados pelo tempo.
Agora, será melhor, temos como companheira a maturidade, nossas vivências de tempos difíceis e também memoráveis, que tecíamos panos coloridos de vida e esperança.
Nossa dança, sempre foi a da inocência e a verdade é que nunca a perdemos. Ela está aqui e será também nossa bússola.
Podemos ir descalças ou de botas. Não sei o que nos espera, talvez precisaremos travar batalhas ou correr livremente pelos campos que iremos desvirginar.
O que importa é nossa missão e esta já está marcada a ferro em nosso coração. De nos soltarmos, nos libertarmos de preceitos, preconceitos e "entulhos"emocionais que fomos deixando crescer.
Avante, guerreiras! O mundo é dentro de nós, despertem, acordem suas almas e sigamos em direção à lua, às estrelas. De tudo que temos, já podemos dizer, venceremos nossas sombras!

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